João  Martini


  • A  R  Q  U  I  T  E  T  O

O olhar que mora no detalhe...

do
P R O J E T O 

Elaboração de um Programa de Necessidades
Estudo de Viabilidade e Definição de Partido

Representação gráfica visando a clara compreensão do partido adotado
Apresentação e discussão das soluções propostas

Elaboração de desenhos, memoriais e requerimentos de acordo com a legislação em vigor para a obtenção do alvará de construção

Desenvolvimento do projeto com o intuito de fornecer dados para a elaboração dos projetos complementares (cálculo estrutural, instalações hidráulicas, elétricas, lógica, ar-condicionado e instalações especiais)

Os projetos complementares são executados, sob nossa coordenação, por profissionais qualificados

Após a obtenção do alvará de construção, realiza-se a solução definitiva do projeto arquitetônico com base nos elementos fornecidos pelos projetos complementares

Elaboração de detalhes genéricos e pormenores específicos necessários à boa execução da obra, compreendendo Marcenaria etc., Iluminação etc., Materiais de Acabamento etc., tapeçaria, cortinas, estofados, infinitamente et cetera.

Este pode não ser o seu roteiro, mas vamos descobrir e fazer juntos o seu melhor percurso. 

O Quarto da Reforma

Seu João tinha em casa um quarto permanentemente em reforma. Era para lá que levavam toda a areia descarregada na calçada às segundas e quintas. Era lá que se fazia o teste da cor em pedaços e mais pedaços da sempre mesma parede. Era lá que se gritava com o pedreiro por conta do mal acabado, era lá que o encanador consertava e quebrava e consertava o novo velho vazamento, e era lá que o eletricista respondia sobre a luz ou a falta dela. Era lá, enfim, que se faziam todos os barulhos. Os vizinhos perguntavam "quando acaba essa reforma, seu João?" e comentavam "tá pior que a catedral da Sé". E o seu João, ameaçando um sorriso de impotência, levantava os ombros e as sobrancelhas. Era de lá que saíam, toda sexta, à tardinha, algumas viagens de entulho pouco identificável. Abria-se então a janela para a poeira assentar. Trocava-se o ar e, em seguida, de pedreiro, encanador e eletricista porque estavam atrasando a obra. Mas o quarto nunca ficava pronto. Alguma coisa muito grave deve ter acontecido lá dentro, especulavam os mais chegados. Um crime, argumentava o vizinho da direita que, apesar de viver empoleirado no muro, nada descobria. Loucura da boa, afirmavam unânimes os trabalhadores despedidos. E o seu João, abaixando os ombros e as sobrancelhas, escondia de todo mundo que aquele era apenas o seu quarto de ideias e de suas respectivas trocas.
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